A TERRA VERMELHA, O VENTO QUENTE VINDO DE LESTE NA MINHA MEMÓRIA
OS VELHOS BINÓCULOS ZEISS PROCURAVAM TESOUROS DO CAPITÃO KID OU UM MOSQUITO NAS DESERTAS.
A PERSPECTIVA DE CARLOS ALBERTO MONTEIRO
quarta-feira, 11 de novembro de 2009
DEBRUÇADO NO MIRADOURO
Debruçado no Miradouro da Queimada, podemos ver o longo Vale de Machico, saborear a brisa maritima e sonhar piratas ao longe nas Desertas. Temos um mundo aos nossos pés, um rincão de pessoas que vivem, trabalham e anseiam uma vida digna. (Fotos CAM)
Fez exactamente uma semana na passada segunda-feira que me foi concedido o dom de voltar a ver Machico, debruçado em êxtase no miradouro da Queimada, ao fim de 26 anos duma ausência infinita. Naquele berço de terra que se pendura dali até ao pico do Facho, o que mais me impressionou foi o incrível número de edifícios que agora salpicam a paisagem e que se acotovelam delicadamente numa corrida vertiginosa em direcção à praia. Em contraste, descobri uma MATUR nua e triste, chorando em silêncio as lágrimas da raiva e da injustiça. Foi pena o que fizeram a Àgua de Pena.
Caro Luis Miguel Martins, Para certas coisas, 26 anos é muito tempo! Para outras nem tanto... Podemos mudar a paisagem, mudar as pessoas é mais moroso. Com os erros também se deve aprender. Neste caso 26 anos é pouco, pois desaprendemos! Resta-nos dias melhores.
Concordo que o tempo é relativo. Para certas coisas, 26 anos é muito tempo! Para outras, talvez não! Também concordo que, durante 26 anos, a paisagem se transfigura. Mas, o que verdadeiramente me marcou para sempre, foi o ter encontrado os amigos de há tantos anos e que me receberam e me fizeram sentir como se eu nunca de lá tivesse partido. Foram cinco dias inesquecíveis, vividos tão intensamente e esgotados tão repentinamente que senti que quase lá cabiam esses 26 anos de ausência. Afinal as pessoas não mudaram, pelo menos aquelas que eu conhecia. O que urge é mudar a mentalidade de certas poessoas, daquelas pessoas que se julgam mais eternas do que a existência efémera da própria pedra que consigo levaram.
3 comentários:
Fez exactamente uma semana na passada segunda-feira que me foi concedido o dom de voltar a ver Machico, debruçado em êxtase no miradouro da Queimada, ao fim de 26 anos duma ausência infinita. Naquele berço de terra que se pendura dali até ao pico do Facho, o que mais me impressionou foi o incrível número de edifícios que agora salpicam a paisagem e que se acotovelam delicadamente numa corrida vertiginosa em direcção à praia. Em contraste, descobri uma MATUR nua e triste, chorando em silêncio as lágrimas da raiva e da injustiça. Foi pena o que fizeram a Àgua de Pena.
Caro Luis Miguel Martins,
Para certas coisas, 26 anos é muito tempo! Para outras nem tanto...
Podemos mudar a paisagem, mudar as pessoas é mais moroso. Com os erros também se deve aprender. Neste caso 26 anos é pouco, pois desaprendemos! Resta-nos dias melhores.
Concordo que o tempo é relativo. Para certas coisas, 26 anos é muito tempo! Para outras, talvez não! Também concordo que, durante 26 anos, a paisagem se transfigura. Mas, o que verdadeiramente me marcou para sempre, foi o ter encontrado os amigos de há tantos anos e que me receberam e me fizeram sentir como se eu nunca de lá tivesse partido. Foram cinco dias inesquecíveis, vividos tão intensamente e esgotados tão repentinamente que senti que quase lá cabiam esses 26 anos de ausência. Afinal as pessoas não mudaram, pelo menos aquelas que eu conhecia. O que urge é mudar a mentalidade de certas poessoas, daquelas pessoas que se julgam mais eternas do que a existência efémera da própria pedra que consigo levaram.
Um abraço dum machiqueiro adoptivo.
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